Novas tecnologias mostradas em Paris que estarão nos nossos carros no
futuro!!!
Se há algo que a edição 2012 do Salão de Paris nos ensinou, foi que no meio
de uma crise no mercado europeu, o melhor é olhar para o futuro.
Vamos ver algumas das novas tecnologias mostradas em Paris que vão mudar
para sempre o modo como nos relacionamos com nosso carros.
Por “tecnologia”, muitas vezes nos referimos a projetos construídos tendo em
mente o conceito de economizar combustíveis fósseis ou substituí-los por
eletricidade (que, ironicamente, pode ser obtida com a queima combustíveis
fósseis). Desde o chassi de fibra de carbono da Ferrari até o conceito
superleve da Toyota, o FT-Bh, às vezes as soluções são até bem recebidas pelos
gearheads, como adicionar leveza.
E o Audi e-Gas? Quem não gostaria de um carro cujo combustível você mesmo
poderia fazer?
Contudo, os designers ainda nos mostraram novos materiais, estudos e
tecnologias feitas para tornar o ato de dirigir mais divertido, e não apenas
eficiente.
Audi e-Gas Concept
Um carro movido por um combustível que você pode fazer em casa? Se chama
metanação: um processo que usa eletrólise (por meio da rede elétrica) para
criar hidrogênio que, combinado ao dióxido de carbono, cria metano. Você pode
usar esse metano caseiro para alimentar um veículo com motor de combustão
interna, com algumas modificações. A solução multicombustível nesse Audi A3
conceitual pode usar tanto gasolina como gás metano. Parece mentira? Pense
nisso como uma medida temporária para quando os preços da gasolina subirem
demais.
A tecnologia aerodinâmica do McLaren P1
Ele até pode estar na categoria dos carros que dinossauros do rock vão bater
em muros, mas o McLaren P1 e similares – carros que investem pesado na
aerodinâmica – estão trazendo avanços muito rápidos ao campo da aerodinâmica
ativa. Se a aerodinâmica for um dos pilares para o futuro do carro, além do
baixo peso e maior eficiência termodinâmica, a vantagem serão mais esportivos que economizam combustível no
dia a dia sem comprometer sua potência e desempenho.
A leveza do Toyota FT-Bh
Um hatch médio que pesa menos de 800 kg? A Toyota conseguu o impossível ao
fazer um conceito 25% mais leve do que o Yaris usando o bom e velho aço – com
toques de magnésio e alumínio – sem precisar recorrer à magia da fibra de carbono.
O velocímetro é feito de um papel especial que conduz eletricidade. Não importa
que o conceito FT-Bh seja, tecnicamente, um híbrido plug-in com um coeficiente
aerodinâmico absurdamente baixo que consegue rodar mais de 40 km com um litro
de combustível. Trata-se de um estudo de engenharia de sistemas que poderá
nunca ver a luz do dia, mas certamente inspirará outras melhorias para aumentar
a eficiência dos automóveis.
Peugeot Onyx e a ciência dos materiais
Em meio aos chamados “esportivos econômicos”, que tem como maior atrativo a
economia de combustível, não se pode reclamar de um carro com 700 cv. O Peugeot
Onyx serve como vitrine para as possibilidades de utilizar a ciência dos
materiais para reduzir o peso e aproveitar a economia e o torque de um
motor a diesel. Não surpreende que esse conceito tenha vindo da Peugeot, que
foi um rival à altura dos protótipos Audi em Le Mans até que uma crise econômica forçou o
cancelamento das atividades da equipe de fábrica. A potência vem do mesmo V8 a
diesel com turbocompressor do lendário 908 que correu em Le Mans. Talvez o
Onyx seja um sinal de que os esportivos a diesel serão tão odiados pela polícia
quanto os movidos a gasolina.
O Golf GTI e sua direção eletrônica variável
O GTI atual tem um dos melhores sistemas de direção assistida atuais: rápido
e preciso, com ótimas respostas. Em Paris, a VW revelou que passaria a
incorporar relações variáveis no próximo GTI. Meu maior medo é que eles
resolvam desrespeitar os deuses da direção eletrônica e acabem com mais uma
entre as muitas direções molengas que vemos por aí. Então eu me pergunto: mas e
se acabar sendo ainda melhor do que o sistema do Honda S2000, que foi pioneiro
em 1997? Então por que estamos falando de uma tecnologia tão antiga? Porque
esse tipo de coisa nos dá uma ideia de como avanços contínuos nos sensores e
programas trarão uma melhor experiência ao volante através de
equipamentos eficientes – como a direção eletrônica – que, no passado só
tornaram o ato de dirigir mais anestesiado e sem graça.
O chassi “multimaterial” da Audi
Ainda na ciência dos materiais, temos a Audi e sua combinação de alumínio,
plástico reforçado com fibra de carbono e plástico reforçado com fibra de vidro
para criar um chassi reforçado para o Crosslane Concept. As partes em fibra de
carbono são o próximo passo depois do pioneirismo da Audi em adotar chassis de
alumínio em seus carros. O resto do carro, incluindo componentes estruturais
também utilizam bastante fibra de carbono, embora o conjunto de baterias
neutralize parte dessa redução de peso, levando o peso do SUV com teto targa a
quase 1.400 kg.
O scooter BMW C Evolution
Concept
Em nosso futuro distópico, onde os centros urbanos vão sofrer com escassez
de combustível, você vai passar mais tempo usando o transporte público do que
uma dessas. E vai estar com um sorriso no rosto, pois sua porção mensal de
gasolina que você vai usar no track day no fim de semana dependerá disso.
Melhor ainda, a C Evolution é elétrica, porém não deixa a desejar em
desempenho, com uma velocidade máxima de 120 km/h. O compartimento das baterias
é um componente estrutural e ajuda a economizar peso, na rigidez e na
dirigibilidade.
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