terça-feira, 4 de dezembro de 2012




Novas tecnologias mostradas em Paris que estarão nos nossos carros no futuro!!!


Se há algo que a edição 2012 do Salão de Paris nos ensinou, foi que no meio de uma crise no mercado europeu, o melhor é olhar para o futuro.
Vamos ver algumas das novas tecnologias mostradas em Paris que vão mudar para sempre o modo como nos relacionamos com nosso carros.
Por “tecnologia”, muitas vezes nos referimos a projetos construídos tendo em mente o conceito de economizar combustíveis fósseis ou substituí-los por eletricidade (que, ironicamente, pode ser obtida com a queima combustíveis fósseis). Desde o chassi de fibra de carbono da Ferrari até o conceito superleve da Toyota, o FT-Bh, às vezes as soluções são até bem recebidas pelos gearheads, como adicionar leveza.
E o Audi e-Gas? Quem não gostaria de um carro cujo combustível você mesmo poderia fazer?
Contudo, os designers ainda nos mostraram novos materiais, estudos e tecnologias feitas para tornar o ato de dirigir mais divertido, e não apenas eficiente.



Audi e-Gas Concept

Um carro movido por um combustível que você pode fazer em casa? Se chama metanação: um processo que usa eletrólise (por meio da rede elétrica) para criar hidrogênio que, combinado ao dióxido de carbono, cria metano. Você pode usar esse metano caseiro para alimentar um veículo com motor de combustão interna, com algumas modificações. A solução multicombustível nesse Audi A3 conceitual pode usar tanto gasolina como gás metano. Parece mentira? Pense nisso como uma medida temporária para quando os preços da gasolina subirem demais.




A tecnologia aerodinâmica do McLaren P1

Ele até pode estar na categoria dos carros que dinossauros do rock vão bater em muros, mas o McLaren P1 e similares – carros que investem pesado na aerodinâmica – estão trazendo avanços muito rápidos ao campo da aerodinâmica ativa. Se a aerodinâmica for um dos pilares para o futuro do carro, além do baixo peso e maior eficiência termodinâmica, a vantagem serão mais esportivos que economizam combustível no dia a dia sem comprometer sua potência e desempenho.





A leveza do Toyota FT-Bh

Um hatch médio que pesa menos de 800 kg? A Toyota conseguu o impossível ao fazer um conceito 25% mais leve do que o Yaris usando o bom e velho aço – com toques de magnésio e alumínio – sem precisar recorrer à magia da fibra de carbono. O velocímetro é feito de um papel especial que conduz eletricidade. Não importa que o conceito FT-Bh seja, tecnicamente, um híbrido plug-in com um coeficiente aerodinâmico absurdamente baixo que consegue rodar mais de 40 km com um litro de combustível. Trata-se de um estudo de engenharia de sistemas que poderá nunca ver a luz do dia, mas certamente inspirará outras melhorias para aumentar a eficiência dos automóveis.





Peugeot Onyx e a ciência dos materiais

Em meio aos chamados “esportivos econômicos”, que tem como maior atrativo a economia de combustível, não se pode reclamar de um carro com 700 cv. O Peugeot Onyx serve como vitrine para as possibilidades de utilizar a ciência dos materiais para reduzir o peso  e aproveitar a economia e o torque de um motor a diesel. Não surpreende que esse conceito tenha vindo da Peugeot, que foi um rival à altura dos protótipos Audi em Le Mans até que uma crise econômica forçou o cancelamento das atividades da equipe de fábrica. A potência vem do mesmo V8 a diesel com turbocompressor do lendário 908 que correu em Le Mans. Talvez o Onyx seja um sinal de que os esportivos a diesel serão tão odiados pela polícia quanto os movidos a gasolina.





O Golf GTI e sua direção eletrônica variável

O GTI atual tem um dos melhores sistemas de direção assistida atuais: rápido e preciso, com ótimas respostas. Em Paris, a VW revelou que passaria a incorporar relações variáveis no próximo GTI. Meu maior medo é que eles resolvam desrespeitar os deuses da direção eletrônica e acabem com mais uma entre as muitas direções molengas que vemos por aí. Então eu me pergunto: mas e se acabar sendo ainda melhor do que o sistema do Honda S2000, que foi pioneiro em 1997? Então por que estamos falando de uma tecnologia tão antiga? Porque esse tipo de coisa nos dá uma ideia de como avanços contínuos nos sensores e  programas trarão uma melhor experiência ao volante através de equipamentos eficientes – como a direção eletrônica – que, no passado só tornaram o ato de dirigir mais anestesiado e sem graça.






O chassi “multimaterial” da Audi

Ainda na ciência dos materiais, temos a Audi e sua combinação de alumínio, plástico reforçado com fibra de carbono e plástico reforçado com fibra de vidro para criar um chassi reforçado para o Crosslane Concept. As partes em fibra de carbono são o próximo passo depois do pioneirismo da Audi em adotar chassis de alumínio em seus carros. O resto do carro, incluindo componentes estruturais também utilizam bastante fibra de carbono, embora o conjunto de baterias neutralize parte dessa redução de peso, levando o peso do SUV com teto targa a quase 1.400 kg.




 O scooter BMW C Evolution Concept

Em nosso futuro distópico, onde os centros urbanos vão sofrer com escassez de combustível, você vai passar mais tempo usando o transporte público do que uma dessas. E vai estar com um sorriso no rosto, pois sua porção mensal de gasolina que você vai usar no track day no fim de semana dependerá disso. Melhor ainda, a C Evolution é elétrica, porém não deixa a desejar em desempenho, com uma velocidade máxima de 120 km/h. O compartimento das baterias é um componente estrutural e ajuda a economizar peso, na rigidez e na dirigibilidade.
 





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